Mergulhámos na leitura orientada da obra “ Pedro
Alecrim”. O nosso olhar sobre o que lemos é muito importante. Ora façam como nós! Leiam, sintam e
(re)criem um novo texto.
Outro
final da história do Pedro Alecrim
Estávamos sentados à varanda
e eu aprendi a pôr as cordas no cavaquinho. Olhando para ele senti uma emoção
que não conseguia entender. Corri para o monte e sentei-me. Senti-me como um
músico. Decidi sentar-me numa barroca, sempre ouvi dizer que temos de pedir a
inspiração para se libertarem todos os nossos talentos.
Como não tenho asas para as
dar à imaginação vou voar com os pés no chão. Fui à lua, mas depressa desci à
terra e comecei a deslizar os dedos pelas cordas do cavaquinho.
Alguns instantes depois,
aproxima-se de mim um jovem que disse:-Tocas bem pá, onde costumas tocar?
Espantado e confuso com a pergunta respondi:
-To-to-to-tocar, eu nunca estudei música, isto que eu fiz sai de dentro de mim.
-Tive uma ideia, eu sou um caçador de talentos – continuou com um grande sorriso.
-O que é isso, o que é que um caçador de talentos faz no monte?- perguntei confuso.
-Estou no intervalo das gravações, sim, viemos gravar o novo programa de televisão: “Transformando Vidas”.
Olhei fixamente para o jovem senhor e nem sequer pensei duas vezes na resposta. Tonto de entusiasmo gritei até casa: “- vou ser artista, vou aprender a tocar…”
Agora, acredito que querer é poder, com trabalho e empenho conseguimos sempre melhor .
Texto coletivo do 6º G
O meu olhar...
E numa tarde , em que por acaso o tio
Trindade nos veio visitar, fomos para a varanda, sentámo-nos e o meu tio
ensinou-me a pôr as cordas no cavaquinho. Corri para o monte, sentei-me no seu
cume e deitei-me na relva verde e macia. Adormeci durante uns 10 minutos...
acordei com uma lágrima no olhos. “Teria sonhado com o meu pai? Pensei de mim
para mim.” Realmente não sei, mas via a sua imagem a tocar cavaquinho. o mesmo
que eu próprio tinha afinado.
Talvez o meu pai me tenha dado inspiração,
dado a sua paixão pela música, a qual nunca foi muito valorizada. Comecei a tocar , à medida que os meus dedos
passavam pelas cordas, senti uma vontade de libertar tudo. Aquele ''tudo'' que
não tinha entendido quando a Fatinha tinha falado comigo sobre a doença do meu
pai, o ''tudo'' que queria ter dito ao meu pai, enquanto podia.
Tenho saudades do meu pai, de sentir a sua
presença quando chegava a casa, da escola. Creio que não possa lamentar a sua
morte, pois acho que está num lugar melhor, mas, sim, celebrar a sua vida. Lembro-me do meu pai com um sorriso no rosto,
porque não há nada a lamentar! Volto para casa e olho para o tio Trindade
que me acena com grande alegria, também não deve ter sido fácil para ele, mas,
na verdade, acho que toda a gente está a tentar evitar este assunto, pois
apesar de não ser um assunto assim tão recente, ainda vai demorar a cicatrizar.
Inês, 6ºG
Texto de opinião sobre a
obra "Pedro Alecrim"
Eu li a obra "Pedro Alecrim", do
autor António Mota e gostei muito de toda a história, especialmente dos temas
da atualidade, pois devemos refletir sobre os desafios da vida. Neste
texto vou falar de alguns capítulos que mais me agradaram e cativaram,
motivando-me para ler história até ao final.
Na minha opinião, esta obra faz-nos refletir
sobre as diferentes realidades da vida de todos: Pedro Alecrim é um menino que
vive com dificuldades económicas, gosta
muito de ajudar a sua mãe a enfrentar o dia a dia. Considero
que o primeiro capítulo é muito interessante. Gosto também da forma como o
autor descreve fisicamente o Luís em dias de prova de avaliação e quando o Luís
diz: "–Ó stôra! Copiar? Nós?!... Era o que faltava… A gente não sabe fazer
destas coisas… Ainda somos muito novinhos…". Lembro-me das aventuras que
eu e os meus colegas vivemos nas aulas.
Por fim, vou falar da parte da história que
mais me desiludiu: a morte do pai de Pedro Alecrim, pois a sua mãe fez tudo o que podia para que ele melhorasse.
A morte é um acontecimento que ainda não aceitamos, mas é um desafio da vida.
Também, nesta situação Pedro Alecrim esteve ao lado da família.
Em suma, esta obra é fantástica e eu
recomendo a sua leitura, porque podemos ver como é a própria realidade da vida,
num pequeno livro com grandes aprendizagens.
Bruna,6ºG
A
minha opinião sobre a obra “Pedro Alecrim”
Eu li a obra “Pedro Alecrim”,
do autor António Mota e gostei muito, principalmente, da parte em que ele vai a
casa do seu tio e sente a ajuda de alguém, pois é muito importante não nos
sentirmos sós. Na minha opinião esta obra leva-nos a refletir em certos momentos da
vida: algumas situações trazem
sofrimento, mas há sempre momentos em que ficamos felizes.
Nesta obra, gostei muito da
parte em que Pedro e Nicolau pensavam que aquelas cabecinhas no lago eram
peixes, mas afinal eram umas rechonchudas rãs…Ri-me muito.
O episódio em que o Pedro
encontrou o Luís, num canto da escola, triste, com a atitude do seu pai fez-me
pensar nas famílias que vivem esta situação. A parte em que o seu pai morreu
não foi do meu agrado, pois para mim, as histórias deviam ter finais felizes.
A obra despertou em mim a
reflexão sobre os desafios da vida e as lições que temos que aprender para
superar as dificuldades. Recomendo a leitura a todas as pessoas, jovens
e adultos, pois é uma obra fantástica.
6ºG, Rodrigo
Com estes percursos de leitura da obra
reiteramos a necessidade de formar leitores dinâmicos que são levados a
mergulhar nas histórias acionando-se técnicas
com foco na capacidade de imaginar, de sentir
o que estamos a imaginar, durante o ato de ler. Importa
deixar fluir a leitura com consciência criativa para que o aluno/o leitor
construa os sentidos do que lê, envolvendo-se ativamente, à descoberta da obra.
A professora de português
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