sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

António Mota - 6.º G


Mergulhámos na leitura orientada da obra “ Pedro Alecrim”. O nosso olhar sobre o que lemos é muito importante. Ora façam como nós! Leiam, sintam e (re)criem um novo texto.

Outro final da história do Pedro Alecrim
Estávamos sentados à varanda e eu aprendi a pôr as cordas no cavaquinho. Olhando para ele senti uma emoção que não conseguia entender. Corri para o monte e sentei-me. Senti-me como um músico. Decidi sentar-me numa barroca, sempre ouvi dizer que temos de pedir a inspiração para se libertarem todos os nossos talentos.
Como não tenho asas para as dar à imaginação vou voar com os pés no chão. Fui à lua, mas depressa desci à terra e comecei a deslizar os dedos pelas cordas do cavaquinho.
Alguns instantes depois, aproxima-se de mim um jovem  que disse:
      -Tocas bem pá, onde costumas tocar?
Espantado e confuso com a pergunta respondi:
      -To-to-to-tocar, eu nunca estudei música, isto que eu fiz sai de dentro de mim.
      -Tive uma ideia, eu sou um caçador de talentos – continuou com um grande sorriso.
      -O que é isso, o que é que um caçador de talentos faz no monte?- perguntei confuso.
      -Estou no intervalo das gravações, sim, viemos gravar o novo programa de televisão: “Transformando Vidas”.
          Olhei fixamente para o jovem senhor e nem sequer pensei duas vezes na resposta. Tonto de entusiasmo gritei até casa: “- vou ser artista, vou aprender a tocar…”
          Agora, acredito que querer é poder, com trabalho e empenho conseguimos sempre melhor .

 Texto coletivo do 6º G

O meu olhar...

E numa tarde , em que por acaso o tio Trindade nos veio visitar, fomos para a varanda, sentámo-nos e o meu tio ensinou-me a pôr as cordas no cavaquinho. Corri para o monte, sentei-me no seu cume e deitei-me na relva verde e macia. Adormeci durante uns 10 minutos... acordei com uma lágrima no olhos. “Teria sonhado com o meu pai? Pensei de mim para mim.” Realmente não sei, mas via a sua imagem a tocar cavaquinho. o mesmo que eu próprio tinha afinado.
Talvez o meu pai me tenha dado inspiração, dado a sua paixão pela música, a qual nunca foi muito valorizada. Comecei a tocar , à medida que os meus dedos passavam pelas cordas, senti uma vontade de libertar tudo. Aquele ''tudo'' que não tinha entendido quando a Fatinha tinha falado comigo sobre a doença do meu pai, o ''tudo'' que queria ter dito ao meu pai, enquanto podia.
Tenho saudades do meu pai, de sentir a sua presença quando chegava a casa, da escola. Creio que não possa lamentar a sua morte, pois acho que está num lugar melhor, mas, sim, celebrar a sua vida. Lembro-me do meu pai com um sorriso no rosto, porque não há nada a lamentar! Volto para casa e olho para o tio Trindade que me acena com grande alegria, também não deve ter sido fácil para ele, mas, na verdade, acho que toda a gente está a tentar evitar este assunto, pois apesar de não ser um assunto assim tão recente, ainda vai demorar a cicatrizar.

                                                                              Inês, 6ºG

 
Texto de opinião sobre a obra "Pedro Alecrim"

Eu li a obra "Pedro Alecrim", do autor António Mota e gostei muito de toda a história, especialmente dos temas da atualidade, pois devemos refletir sobre os desafios da vida.  Neste texto vou falar de alguns capítulos que mais me agradaram e cativaram, motivando-me para ler história até ao final.
Na minha opinião, esta obra faz-nos refletir sobre as diferentes realidades da vida de todos: Pedro Alecrim é um menino que vive com dificuldades económicas,  gosta muito de ajudar a sua mãe a enfrentar o dia a dia. Considero que o primeiro capítulo é muito interessante. Gosto também da forma como o autor descreve fisicamente o Luís em dias de prova de avaliação e quando o Luís diz: "–Ó stôra! Copiar? Nós?!... Era o que faltava… A gente não sabe fazer destas coisas… Ainda somos muito novinhos…". Lembro-me das aventuras que eu e os meus colegas vivemos nas aulas.
Por fim, vou falar da parte da história que mais me desiludiu: a morte do pai de Pedro Alecrim, pois a sua  mãe fez tudo o que podia para que ele melhorasse. A morte é um acontecimento que ainda não aceitamos, mas é um desafio da vida. Também, nesta situação Pedro Alecrim esteve ao lado da família.
Em suma, esta obra é fantástica e eu recomendo a sua leitura, porque podemos ver como é a própria realidade da vida, num pequeno livro com grandes aprendizagens.
 
 Bruna,6ºG


A minha opinião sobre a obra “Pedro Alecrim”

Eu li a obra “Pedro Alecrim”, do autor António Mota e gostei muito, principalmente, da parte em que ele vai a casa do seu tio e sente a ajuda de alguém, pois é muito importante não nos sentirmos sós. Na minha opinião esta obra   leva-nos a refletir em certos momentos da vida:  algumas situações trazem sofrimento, mas há sempre momentos em que ficamos felizes.
Nesta obra, gostei muito da parte em que Pedro e Nicolau pensavam que aquelas cabecinhas no lago eram peixes, mas afinal eram umas rechonchudas rãs…Ri-me muito.
O episódio em que o Pedro encontrou o Luís, num canto da escola, triste, com a atitude do seu pai fez-me pensar nas famílias que vivem esta situação. A parte em que o seu pai morreu não foi do meu agrado, pois para mim, as histórias deviam ter finais felizes.
A obra despertou em mim a reflexão sobre os desafios da vida e as lições que temos que aprender para superar as dificuldades. Recomendo a leitura a todas as pessoas, jovens e adultos, pois é uma obra fantástica.

                                                                                     6ºG, Rodrigo
 
Com estes percursos de leitura da obra reiteramos a necessidade de formar leitores dinâmicos que são levados a mergulhar nas histórias acionando-se técnicas com foco na capacidade de imaginar, de sentir o que estamos a imaginar, durante o ato de ler.  Importa deixar fluir a leitura com consciência criativa para que o aluno/o leitor construa os sentidos do que lê, envolvendo-se ativamente, à descoberta da obra.

                                                                                        A professora de português

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