quarta-feira, 25 de junho de 2014

Votos de boas férias e de boas leituras para todos!




 Caminho da manhã

«Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade que estão em ruínas. Passa debaixo da porta e vai pelas ruas estreitas, direitas e brancas até encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco de cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e como eles cheiram realmente, realmente a mar. depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor de prata. E verás os polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. À tua direita então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não são pretos mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada.

Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível. »

(Sophia escreve este texto a partir da descrição que faz à empregada do caminho que ela própria trilha para ir a Lagos, às compras, durante as férias do verão.)

Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto, 1962

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Hora do Conto - Biblioteca do Infante


Muitos foram os alunos que, ao longo do ano letivo, assistiram a várias sessões da atividade "Hora do Conto", promovida pela Biblioteca do Infante, tendo-se salientado, com um maior número de presenças, a aluna Isabel Maria dos Santos Fernandes, do 5.ºD.
Congratulamo-nos com o elevado número de alunos que aderiram a esta atividade e felicitamos a aluna Isabel Maria Fernandes pelo envolvimento demonstrado!

PARABÉNS! Contamos convosco no próximo ano letivo!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Teatro em Vila Chã de Sá

As crianças do Jardim de Infância de Vila Chã de Sá deslocaram-se à Escola do 1.º Ciclo para, juntos, assistirem à peça de teatro "Contos de um conto - Histórias Tradicionais II", dinamizada pela Companhia "Estação das Letras".
Foi um momento vivido com grande entusiasmo por todos os alunos e que possibilitou, para além da confraternização com os colegas do 1.º Ciclo, a familiarização com a escola que muitas crianças frequentarão no próximo ano letivo.
Aqui partilhamos alguns momentos desta atividade de articulação.




Leitor em destaque - Biblioteca D. Luís de Loureiro


CATEGORIA ALUNOS

BeatrizTeixeira, n.º 5, 5.º F
Luís Alexandre Ferreira, n.º 13,  6.º I
João Pedro Santos, n.º 13, 7.º G
Carolina Moreira, n.º 8, 8.º G
Inês Pais Oliveira, n.º 11,  9.º H

CATEGORIA PROFESSORES

Alexandra Jesus

CATEGORIA ASSISTENTES OPERACIONAIS

Teresa Teixeira e Adriana Assunção

CATEGORIA Enc. de Educação

Sónia Martins (enc. de educação da Idalina, do 6.º H)

PARABÉNS A TODOS!

Boletim informativo "Contacto"

Já está disponível para leitura e consulta o boletim informativo das bibliotecas escolares, "Contacto", referente ao 3.º período.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Encerramento da atividade "Hora do Conto"

      Ontem, na Escola Básica Infante D. Henrique teve lugar a última sessão deste ano letivo da atividade "Hora do Conto" dinamizada pela nossa contadora de histórias, professora Isabel Moura. Foi o culminar de várias sessões que proporcionaram aos alunos momentos de muita magia e aventuras...
      A equipa da Biblioteca do Infante e todos os alunos agradecem a dedicação e o entusiasmo com que a professora Isabel Moura se entrega a esta atividade.
          O nosso bem-haja e, no próximo ano letivo, contamos ter novamente o prazer da sua presença na dinamização desta atividade tão do agrado de todos!
   


        

segunda-feira, 9 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sessão de sensibilização «Eu gosto da escola. E tu?»

Decorreu hoje, na Biblioteca D. Luís de Loureiro, uma sessão de sensibilização intitulada «Eu gosto da escola. E tu?», dinamizada pela aluna cigana Liliana Fernandes, da Escola Profissional de Carrazeda de Ansiães. Esta sessão foi dirigida aos alunos das turmas PCA e Vocacional.
 
A reflexão sobre a importância da escola, da cultura cigana e da integração das comunidades ciganas proporcionou um enriquecedor diálogo entre todos os participantes. Os nossos agradecimentos à Liliana, ao professor Vítor Castro, à professora Paula Carlão e aos professores responsáveis pelas turmas PCA e Vocacional (Adelino Soares e António Domingues). 

Deixamos aqui o registo de alguns momentos de partilha.


 

À CONVERSA COM A LILIANA…(turma PCA)
·     Ficámos admirados como uma rapariga cigana conseguiu chegar até ao 12º ano, sem nunca desistir;
·      Transmitiu-nos muita esperança e vontade de conseguir o mesmo que ela: lutar por um sonho;
·      Ser mulher e ser cigana não a impediu de procurar o que queria: ser dona da sua vida.
·      A vinda dela deixou-nos a sonhar…
·     Gostámos muito de a conhecer!

Leitura nas férias do verão - Biblioteca do Infante e Biblioteca D. Luís de Loureiro

Nas férias... Ler é um prazer!



A Biblioteca do Infante e a Biblioteca D. Luís de Loureiro  promoverão a leitura recreativa durante o período de férias.

Assim, informamos todos os alunos, professores, pessoal não docente, pais e encarregados de educação que:
  •  a Biblioteca do Infante, após o final do ano letivo, se encontra aberta para requisição domiciliária até ao dia 25 de julho, fechando apenas durante o mês de agosto;
  • na Biblioteca D. Luís de Loureiro, a partir do dia 9 de junho, os utilizadores que o desejarem podem requisitar livros para lerem durante as férias de Verão. A Biblioteca encontrar-se-á aberta até ao dia 23 de julho.

Não se esqueça que tem ao seu dispor o catálogo online onde pode selecionar os livros do seu agrado para leitura de FÉRIAS!

Esperamos por si na Biblioteca!
                                                                                                          BOAS  LEITURAS!


domingo, 1 de junho de 2014

Dia Mundial da Criança

Feliz Dia da Criança!

                                                Imagem retirada de http://www.diariodeumadietista.com/ 
O Dia da Criança

É um dia em que cabem
todos os dias do ano
e as coisas mais bonitas
que não podem causar dano:
os sonhos e os brinquedos,
as festas, as guloseimas,
a sombra de alguns medos,
a casmurrice das teimas
e também, com fartura,
o afeto e o carinho
com que se faz a ternura,
para mostrar ao mundo
que a guerra é uma loucura
e que o gosto de ser menino
é o nosso eterno destino.

José Jorge Letria - in O Livro dos Dias