segunda-feira, 28 de abril de 2014

Comemorar o 25 de abril com POESIA - Poemas dos alunos do 5.º D

A liberdade

A liberdade
Não é nenhuma calamidade
É a nossa forma de expressão
Mais poderosa do que um furacão.

Ninguém nos pode tirar
Nem mesmo Salazar
Embora ele tenha tentado
Mas sem nenhum resultado.

A ditadura, essa tal,
Era horrível e infernal
Sem esperança e na cadeia
Destinada na assembleia!

A Revolução dos Cravos
Pôs fim à ditadura
Onde não houve violência
Mas sim muita inteligência.

Esta história da liberdade
Foi mesmo verdade
E para quem não acreditar
Pense melhor no que vai relatar.


                                             Ana Beatriz - 5.ºD


25 de abril

25 de abril
Dia de liberdade
Marcharam mais  de mil
Pelas ruas da cidade

Tropas com espingardas
Povo com cravos
Contentou um país
Deixaram de ser “escravos”

Em 1974
Cantaram o hino nacional
A anunciar a liberdade
Que alegrou Portugal

                                     Camila Santos - 5.ºD



A liberdade

No dia 25 de abril
Uma nova vida nasceu
Muitas pessoas não saíram
Porque algo novo aconteceu.

Muitas vidas mudaram
Não sei se para melhor ou pior
E muitas pessoas lutaram
Junto ao senhor major.

Muitos cravos se soltaram
E as pessoas gritar                                                                                        
A democracia voltou
E a felicidade regressou.

Zeca Afonso cantou
E o povo também
A gaivota livre ficou
E as pessoas festejaram em Belém.

E assim foi, tempos difíceis passaram
E se há coisa que digo:
Na altura felizes ficaram!                                                
                                                  Beatriz Neves - 5.ºD


sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de abril - Dia da Liberdade

"Não estamos em tempo de celebrar nada, senão a força de continuar a lutar."
Valter Hugo Mãe
(in Jornal de Letras, N.º 1136, p. 31)
 
fonte:http://25abril40anos.wordpress.com/

Partilhamos aqui três poemas e um documentário  (A Hora da Liberdade) sobre essa festa que inaugurou um novo começo, no dia 25 de abril de 1974. 


Abril de Abril

Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.

Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.

Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.

Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.

Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.

Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas esse Abril em que Abril floriu nas armas.

Manuel Alegre
30 Anos de Poesia

Publicações Dom Quixote
Liberdade
Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.
Sérgio Godinho
Canções de Sérgio Godinho
Assírio e Alvim
Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue

Sua habitação

Sophia de Mello Breyner Andresen


Documentário "A Hora da Liberdade"


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um livro é...

No âmbito da comemoração do "Dia Mundial do Livro", os alunos do 5.º A criaram interessantes frases sobre o LIVRO. Aqui partilhamos algumas dessas frases.




Um livro é um mundo de palavras para grandes aventuras                                 
                                                               Catarina Mendes 
                                                                                                                                                                         




                                                                   imagem retirada de: http://cronicasurbanas.wordpress.com/


Um livro é… uma porta aberta para o mundo: passado, presente e futuro.
                                                                                                                          Helena Oliveira

                                                                                                          imagem retirada de: http://releiturape.wordpress.com/

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

                                           

Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de abril,
dia de S. Jorge.  Este ano, a imagem do cartaz da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas é da autoria da Lupa Design (Danuta Wojciechowska e Joana Paz).
Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Saint Jordi) e recebem em troca, um livro. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, desaparecidos nesta data em 1616.

fonte: http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/DiaMundialdoLivro2014.aspx




Para assinalarmos este dia, aqui ficam dois belos poemas de José Jorge Letria e de Eugénio de Andrade.


Os livros

Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.
                                      
  José Jorge Letria

Os livros


Os livros. A sua cálida
Terna, serena pele. Amorosa
Companhia. Dispostos sempre
A partilhar o sol
Das suas águas. Tão dóceis
Tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua branca e vegetal cerrada
Melancolia.
Amados
Como nenhuns outros companheiros
Da alma. Tão musicais
No fluvial e transbordante
Ardor de cada dia.

Eugénio de Andrade



 
 







 
 
 
 
 
 
 
 




quinta-feira, 3 de abril de 2014

Boletim informativo "Contacto"

Publicamos o boletim informativo das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Viseu Sul, desejando a toda a comunidade educativa uma PÁSCOA FELIZ e BOAS LEITURAS!



Visita à Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva



Hoje, dia 3 de abril, os alunos do 9.º ano, das turmas G e H, participaram numa Visita de Estudo à Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, em Viseu, para conhecerem todas as valências daquele espaço municipal. Também os alunos das Escolas do 1.º ciclo das Lages e do Loureiro, bem como os meninos do pré-escolar do jardim do Loureiro, participarem numa atividade de promoção da leitura, dinamizada pela Drª Teresa Fonseca.

O nosso bem-haja à equipa da Biblioteca D. Miguel da Silva!
 
 

Concurso Concelhio de Leitura

Ontem, Dia Internacional do Livro Infantil, decorreu, na Escola Secundária Alves Martins, a final do Concurso Concelhio de Leitura.
Participaram nesta fase final 9 alunos dos 1.º e 2.º Ciclos do nosso Agrupamento. Destes, 4 alunos distinguiram-se pelos prémios obtidos:

1.º lugar – 4.º ano -  Ricardo Miguel Freitas de Oliveira - EB1 de Repeses
3.º lugar – 4.º ano - João Frederico C. da C. M. Lopes - EB1 de Jugueiros
2.º lugar – 5.º ano - João Filipe Rodrigues Martins - EB Infante D. Henrique
3.º lugar – 5.º ano - João Miguel Ferreira Varela - EB Infante D. Henrique

                               

Parabéns a todos os participantes pela sua prestação e, aos alunos vencedores, o nosso reconhecimento pela qualidade das suas provas!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Exposição "Crianças Austríacas da Cáritas em Portugal: 1947-1958"



Está patente no nosso Agrupamento,  na Biblioteca da Escola Básica D. Luís de Loureiro entre os dias 27 de março e 4 de abril e na Escola Básica Infante D. Henrique de 22 de abril a 2 de maio, a exposição "Crianças Austríacas da Cáritas em Portugal: 1947-1958", promovida  pela Embaixada da Áustria em parceria com a Cáritas Portuguesa. Esta exposição acontece no âmbito do projeto aLeR+ o Holocausto.

Texto - O Espantalho Solitário

             O Espantalho Solitário

            Naquela manhã de sol radioso, Sebastião verificou, com muita alegria, que já tinha dois companheiros.

            - Bom dia, amigos! – exclamou prazenteiro.

          - Bom dia, amigo! Vou apresentar-me: como vês, tenho umas calças vermelhas e laçarote amarelo! Chamo-me João Marisco!

            - Olá, eu sou o Filipe Florestal!

            - Que bonito nome, eu chamo-me Sebastião Camarão, até rima e tudo!

        - Sebastião Camarão?! Esse Camarão faz parte do Marisco! Devemos ser irmãos gémeos!

          - Hei, lá por terem um nome quase igual, não quer dizer que sejam iguais! – explicou Filipe.

            - O quê? É evidente que somos irmãos. Vou provar-te isso agora mesmo! A minha comida favorita é massa com carne picada! – retorquiu João!

            - Pois, mas eu não… Eu não como carne, sou vegetariano! – comunicou Sebastião.

             - Estás a ver, João? O vosso sobrenome pode ser quase igual, mas não têm de ser iguais em tudo! – respondeu Filipe!

            - Temos de ser iguais, sim! Não acreditas? Já vais ver, totó! – protestou João!

            - Ok! A minha cor favorita é…

            - Vermelho! – interrompeu João.

            - Não, por acaso é muito diferente, é…

            - O Verde ou o Roxo! – interrompeu, de novo, João.

            - Não, é o Azul!

           - Não pode ser! – exclamou o João – isso é impossível! Tu tens de gostar de tudo o que eu gosto, tu tens de gostar…

         - Não, isso não é verdade. Vamos parar de discutir! Também não nos vai levar a lado nenhum, e, além disso, temos trabalho a fazer! – relembrou, zangado, Sebastião!

           - Sim, temos de ter um plano para assustar estes bichos viscosos e peganhentos das nossas lindas plantas! – afirmou Filipe.

           - Sim, concordo, vamos planear uma estratégia… - propôs João.

            Depois de falarem e discutirem a importante estratégia, começaram a pô-la em prática porque estava quase na hora do dono acordar…

           - Amigos pássaros, amigos pássaros, podem trazer aqueles paus com aquelas coisas de metal e as roupas velhas rotas e estragadas? – questionou Sebastião.

            - É para fazermos uma pequena coisa! – explicou Filipe.

            Depois de uma hora de mudanças, os espantalhos estavam tão assustadores que nenhum homem ou bicho teria coragem de enfrentar!

            - E agora passarinhos? Parecemos assustadores? – perguntou Filipe.

  - Mas quem são vocês? Onde estão os meus amigos coloridos? – perguntou o pássaro chefe.

        - Somos os mesmos espantalhos! Só que mais assustadores para facilitar o nosso trabalho! – explicou João.

            Os espantalhos estavam tão assustadores que todos os temiam.  Entretanto, chegou o dono:

          - Mas que espantalhos são estes? Estão horríveis, mas, assim, fazem o seu trabalho melhor! – exclamou o dono.

           

                                                                                           Pedro Silva
                                                                                              N.º 20    6.º F